O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PB) realiza diariamente o processamento de amostras de RT-PCR, o exame padrão ouro para a detecção da covid-19. Com a capacidade de processamento de 2 mil amostras por dia, o laboratório recebe exames da rede pública de todo o estado. Neste mês de maio, houve um aumento expressivo na quantidade de amostras recebidas, chegando a mais de 3 mil por dia, o que corresponde a um aumento de 50% da capacidade de processamento do Lacen-PB. Mesmo com a alta demanda, o laboratório não apresenta demanda represada e a média de entrega dos exames não excede as 72h.
Em pouco mais de um ano de pandemia, o laboratório já realizou a análise de 218.255 exames de RT-PCR. A maior concentração de casos detectáveis é de pessoas entre 21 e 50 anos, e os municípios que mais enviam amostras ao Lacen são João Pessoa e Campina Grande, os maiores em quantitativo populacional na Paraíba. Até esta terça-feira (25), 4.799 amostras encontram-se em análise no Lacen. O Laboratório é referência para os 223 municípios paraibanos e funciona em três turnos.
Só neste mês, foram processados 31.921 exames para a detecção do novo coronavírus. No mesmo período, no ano passado, foram analisados 7.671 durante todo o mês, o que equivale a um aumento de 316,12% se comparados os períodos. O Laboratório também conta com o reforço da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, porém a capacidade de processamento corresponde a apenas 4,3% da demanda semanal.
De acordo com o diretor geral do Lacen-PB, Bergson Vasconcelos, o aumento na quantidade de amostras não compromete a capacidade e a qualidade de análise dos exames, porém estende o prazo de entrega dos resultados. “Antes, o Lacen entregava os exames em 48h, com esse pico no aumento de amostras recebidas, este prazo aumenta para 72h, mas é importante salientar que não há demanda represada no laboratório, o que causaria atraso no diagnóstico dos casos”, explica o diretor.
As amostras são encaminhadas ao Lacen-PB por meio das Secretarias Municipais de Saúde (SMS) e, após a análise do material, os resultados ficam disponíveis para que as secretarias comuniquem aos pacientes e façam o acompanhamento dos casos. A atuação do laboratório permite ainda a análise das variantes da covid-19 em circulação no estado. A parceria entre o Lacen-PB e a UFPB permitiu a identificação do primeiro caso de reinfecção comprovado no País e o estudo da mutação da variante P1.
Assessoria